Quem se defendePrivatizaram sua
vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar.É da empresa privada o seu passo em
frente, seu pão e seu salário.
E agora não contente querem privatizar o
conhecimento, a sabedoria,o pensamento, que só à humanidade pertence.
A corrente impetuosa é chamada de violenta.Mas o leito do rio que a contém,
ninguém chama de violento.A tempestade que faz dobrar as
betulas, é tida como violenta.
E a
tempestade que faz dobrar os dorsos dos operários na rua?
Quem se
defende porque lhe tiram o ar, ao lhe apertar a garganta, para este há um
parágrafo que diz: ele agiu em legítima defesa.
Mas o mesmo
parágrafo silencia quando vocês se defendem porque lhes tiram o pão.
E,
no entanto, morre quem não come, e quem não come o suficiente, morre lentamente.
Durante os anos todos em que morre não lhe é permitido se defender.
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E, examinai,
sobretudo, o que parece habitual.
Suplicamos expressamente: não aceiteis
o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de
confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada,Nada deve parecer natural,
Nada deve parecer impossível de
mudar.
Bertold Brecht
28 dezembro 2007
Feliz Ano Novo
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