A Fase do negócio imobiliário do governo Yeda
A base governista gaúcha recuou da decisão de simplesmente votar o Projeto de Lei 388 que permuta uma imensa faixa de terra do Morro Santa Tereza, aonde está localizada a Fundação de Atendimento Socioeducativa do Rio Grande do Sul (Fase), à iniciativa privada em troca da construção de nove unidades descentralizadas. A pressão dos moradores da localidade foi intensa e os governistas não conseguiram o quorum de 28 parlamentares para a votação.
A falta de quorum revelou a disposição governista de prosseguir de outra forma para atingir o objetivo de entregar o terreno para a iniciativa privada. Eles aceitaram colocar no projeto do direito dos moradores continuarem naquele terreno visto que o espaço a ser entregue a iniciativa privada é muito grande e ainda assim garantiria o negócio.
Pretende, com isto, reduzir a pressão popular feita pelos moradores, sindicalistas e oposição parlamentar que denunciam ser o projeto apenas um negócio imobiliário que transferirá uma das maiores áreas verde da capital dos gaúchos a uma imobiliária ligada ao grupo RBS. Os críticos do Projeto denunciam que o governo tem recursos para construir as nove unidades para a nova Fase, atendendo melhor a recuperação dos jovens infratores, e poderia preservar o espaço verde transformando em um parque para toda da cidade.
Os críticos do projeto defendem um conceito de cidade, o direito dos moradores ficarem naquela região e a melhora do tratamento aos jovens infratores, tudo junto. E mostram que o governo há muito tempo joga dinheiro fora pois gasta, por mês, R$ 9.500,00 – nove mil e quinhentos reais – por jovem interno, dando a ele um péssimo tratamento assistencial.
Explosão de alegria quando foi anunciada a falta de quorum na sessão da Assembléia Legislativa
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