29 julho 2009

Afogados na Peste

O RS estava sob o domínio - se ampliando - da febre amarela. Ela avançou da fronteira da campanha e sul, do alto Uruguai, e chegou na capital e arredores.

As medidas adotadas pela Secretaria estadual da Saúde foram absolutamente inócuas. Final de abril e perspectiva de maio, o governo Yeda e seu secretário da área passou a esperar que a chegada, por todos os santos, do frio, aniquilasse o mosquito, contivesse a doença mortal e a ignorância dos que achavam que matando os bugios estariam combatendo a expansão da doença (já que a política do governo indicava que não iria conter a expansão da doença).

A H1N1 começou no inverno no norte do planeta. Foi contida pela chegada da primavera e agora verão. A doença veio para o sul. No sul, os mais contaminados, inicialmente, foram os argentinos. Mas a contaminação atual no Brasil não é proveniente apenas dos irmanos argentinos, mas é autônoma, dos brasileiros. E nenhuma política consegue conter a doença. E, como o frio tem sido intenso nos estados do sul, os gaúchos estão entregues à sorte porque política para conter a doença, nem pensar.

Há uma situação política de incompetência ou outras prioridades no trato das questões sociais a partir da situação conjuntural?

E, para alem, da H1N1, a quantidade de pessoas com a gripe normal é muito grande. É grande sempre, dizem os médicos, mas com a ameaça da nova, nominada H1N1, parece que aumentou também a quantidade de pessoas com a gripe normal. Será normal?

O governo do estado não coloca como prioridade política do governo a solução deste tipo de problema social. A convicção do grupo que está no Piratini é de tratar primeiro, primeiríssimamente, as questões econômicas. Que sem resolver as dificuldades estruturais - que para eles quer dizer, o déficit causado com gastos sociais não se resolve as contradições estruturais que se acumulam. Focando este pensamento pensam potencializar a possibilidade de se manter no poder. A prioridade é a campanha de 2010 e se manter no poder. O resto a institucionalidade faz o serviço de afogar a revolta, o ódio, as perdas de todo tipo do povo.

O frio não está dando sinal de que vai ceder mas apenas hoje. Ameniza. Sai dos 5/6 para os 10/16 graus em Porto Alegre. Nas próximas horas, vai chover e esfriar. Vai dos 2/4 graus, de novo, chegando aos abaixo de zero em todas as regiões do estado.

Recebi o artigo abaixo, sem ser identificado. Mas é muito bom em sua lógica.
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PANDEMIA... DE LUCRO!

No mundo, todos os anos morrem dois milhões de pessoas vítimas da malária, que poderia ser prevenida com um simples mosquiteiro. E a mídia não diz NADA.

No mundo, todos os anos dois milhões de meninos e meninas morrem de diarréia que poderia ser tratada com um soro oral de 25 centavos. E a mídia não diz NADA.

Sarampo, pneumonia, doenças curáveis com vacinas baratas, causam a morte de dez milhões de pessoas no mundo todos os anos. E essas notícias não são divulgadas.

Mas há alguns anos atrás, quando a gripe aviária surgiu, inundaram o mundo de notícias, sinais de alarme… Uma epidemia, a mais perigosa de todas! Uma pandemia! Só ouvia da terrível doença das galinhas.

Porém, o influenza causou a morte de 250 pessoas em todo o mundo. 250 mortos durante 10 anos, para o qual dá uma média de 25 vítimas/ano.

A gripe comum mata meio milhão de pessoas todos os anos no mundo. Meio milhão contra 25.

Um momento. Então, por quê se armou tanto escândalo com a gripe aviária?

Simples. Porque atrás dessas galinhas havia um "galo", um galo de espora grande.

O Laboratório farmacêutico Roche com o seu já famoso Tamiflú, vendendo milhões de doses aos países asiáticos. Embora o Tamiflú é de efetividade duvidosa, o governo britânico comprou 14 milhões de doses para prevenir a população deles.

Com a gripe aviária, Roche e Relenza, as duas grandes companhias farmacêuticas que vendem esses antivirais, obtiveram milhões de dólares de ganância.

Antes com as galinhas e agora com os porcos. Sim, agora a psicose começou com a gripe suína. E os jornalistas do mundo só falam disto.

Eu desejo saber: se atrás das galinhas havia um "galo", atrás desses porcos não haverá um "grande porco"? Porque indubitavelmente são as multinacionais poderosas que vendem os remédios supostamente milagrosos.

E novamente a "bola da vez" é o "milagroso" Tamiflú? Quanto custa? US$50 a caixa! 50 dólares uma caixa de pastilhas? Que negocião!

A companhia norte americana Gilead patenteou o Tamiflú. O maior acionista desta companhia é um personagem sinistro, Donald Rumsfeld, o secretário de defesa de George Bush, "descobridor" das armas químicas que ocasionou a guerra contra o Iraque.

Os acionistas dos grupos Roche e Relenza estão se dando as mãos, felizes com as vendas milionárias do duvidoso Tamiflú.

A verdadeira pandemia é o lucro, a enorme ganância destes mercenários da saúde.

Se a gripe suína é uma pandemia tão terrível como anunciam os meios de comunicação, se para a Organização Mundial da Saúde (OMS) ela preocupa tanto por quê não declara isto como um problema de saúde pública mundial e autoriza a fabricação de medicamentos genéricos para a combater?

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