17 abril 2011

A impunidade que incentiva o crime
A luta que não esquece


Para não esquecer


e não perdoar

Hoje e amanhã,

na importante campanha

dos compas

do Resistência Popular

e teatro do Cambada

Levanta Favela.

16 abril 2011

Os crimes de racismo continuam


As recentes violências da Brigada Militar e outros setores sociais contra a comunidade negra no estado serão matéria de Audiência Publica no dia 12 de maio, às 19 horas, no plenarinho da Assembléia Legislativa do estado.


As vitimas reluzem na memória ditada pela imprensa diária. São o assassinato do jovem boxer Tayrone (em Ósorio), a discriminação e violência ao Jovem Helder Santos Souza, e outras. Todo dia. Acompanhamos o caso. Helder foi surpreendido com a abordagem feita pela Brigada Militar.


Na saída de uma festa de carnaval, em Jaguarão, soldados da Brigada Militar cercou o grupo de amigos em que estava e mandou todos virarem para a parede. Um dos amigos começou a ser mal tratado. Helder se virou para olhar e um soldado que ordenou: “Vira para a parede, negro!” Ele se surpreendeu. Deu-se conta de que estava sendo tratado forma desrespeitosa por ser “negro”. Perguntou: “Porque você me chama de negro, mandando virar para a parede, se você tem a mesma cor da minha pele?”.


O soldado não gostou e interpretou o questionamento como “desrespeito a autoridade”. Denunciou Helder na delegacia, por "desacato". Este fato está no inquérito interno da Brigada Militar e no processo civil que está ocorrendo. A patada do racismo despertou a consciência étnica de Helder. Do soldado, não sei.


O caso das autoridades sem consciência social se aprofundou com a incompreensão da promotora de lá. Para ela, a reação de Helder esta configurada na cultura que ela representa, da busca dos 15 minutos de fama.


Na entrevista coletiva dada pelo Governador Tarso Genro a 35 blogueiros da cidade, no dia 5 de abril passados, perguntado por que não tinha se pronunciado sobre estas violências racistas, o governo disse que tomou todas as providências, não foi omisso. Que vai extirpar do aparelho do estado os que cometem estes crimes. Não foi esta a pergunta. Mas a resposta é esperançosa, de que em situações assim, o governador deve se pronunciar. Ver no site da Catarse:(http://coletivocatarse.blogspot.com/2011/04/meta-zerar-os-conflitos-de-terra-no-rs.html).


O caso revelou como o estado se move. Na esfera federal e estadual, no Rio Grande do Sul e na Bahia, onde as possibilidades do crime de racismo podem aprofundar-se com a perda do ano letivo, (em vaga conquistada em universidade federal), e perda da bolsa conquistada em Jaguarão, em programa da Prefeitura de ajuda a apenados, os processos são morosos, difíceis, não transparentes.


A Ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros,em pleno conflito, esteve em Porto Alegre e soube do caso quando recebeu a visita surpresa do Helder e do seu advogado, Onir Araújo, quando almoçava num fino restaurante da cidade. Aliás, poucos da comunidade negra sabiam da estadia da Ministra na cidade. Segundo informaram, ela veio em caráter privado. Mas, mesmo assim, ficou evidente que o protocolo informando da necessidade das negociações para proteger a vida do estudante e, atendendo as recomendações das esferas do estado, transferi-lo, feito a seu ministério, em Brasília, dias antes, não chegara a ela. E que a agenda de uma ministra, de tal importância para comunidade negra de todos os estados do país, não é comunicada à comunidade negra, pelo menos.


No transcurso de ameaças que se seguiram a reação ao preconceito, tendo denunciado o caso a delegacia de polícia e ao Comando da Brigada Militar na cidade, Helder recebeu uma carta anônima de soldado informando do que o comando da Brigada em Jaguarão e alguns soldados, pretendiam fazer com ele. A carta informava que estavam organizados em milícia, que desovavam corpos do outro lado do rio, em território uruguaio, e que faziam serviço particular para os latifundiários da Região. Pode ser tudo denuncia vazia. Pode não ser. Dias depois, prefeitos de Jaguarão, Arroio Grande, Herval e Pedro Osório reuniram-se para prestar solidariedade ao Comando da Brigada Militar na região. Afirmaram que não há milícia na região, muito menos associada aos Sindicatos dos Produtores Rurais. (Vejam http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=1&contentID=175589&channel=45)


Helder foi muito bem recebido por seus amigos, parentes, colegas de universidade na Bahia. Mas o caso ainda repercute porque a audiência publica marcada para o dia 12, poderá ocorrer sem a presença dele. O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia garantira que ele teria passagem para ela participar. Para além da punição a todos os crimes revelados no caso e relatados acima, há ainda o esforço para que a sociedade esqueça o caso. E, principalmente, para que na luta contra os preconceitos e existência de classes sociais baseada na apropriação da riqueza produzida por todos, fique restrita aos lamentos, esquecimentos, lamúrias, revoltas e ódios isolados ou coletivos. A comunidade de todas as comunidades - pobres, excluídas, oprimidas, exploradas - está significada aqui.


Os casos merecem uma nova sociedade.

11 abril 2011

O cenário da luta dos educadores do estado do Rio Grande do Sul

Em uma das maiores assembléias já realizadas no estado, com quase dez mil, os educadores do estado do Rio Grande do Sul aprovaram a proposta de reajuste emergencial de 10.9% estendido ao conjunto dos aposentados, inclusive os que se aposentaram por invalidez, e os funcionários de escola, fora do Plano de Carreira. A luta dos trabalhadores está cercada de dúvidas. Os dirigentes sindicais exigem o pagamento do Piso, que o STF aprovou como constitucional e para todo pais - depois de dois anos, a partir de questionamentos formulados por governadores, inclusive Yeda. Mas na campanha eleitoral, Tarso candidato, afirmara que pagaria o piso no período de seu governo.Aliás, diz também que vai zerar o conflito com os Sem Terra neste período).


A miséria dos educadores é a herança da Yeda


O argumento da presidente do Cpergs, Rejane Oliveira, para aceitar o reajuste emergencial, é de que a categoria está jogada na miséria. A categoria aprovou na assembléia exigir do governo um plano que defina como ele vai chegar ao valor piso do magistério aprovado pelo STF. Outro ponto que é sobre o valor do Piso sobre o qual o governo irá incidir os percentuais para pagar o piso da categoria. O STF afirma que o piso é de R$ 1.187,14, mas a categoria, na assembléia, afirma que é de mais de R$ 1.500,00. Há setores surpreendentes. Não pelas propostas que apresentam, mas por serem estas propostas vindas de quem é e representarem radicalização da luta. A professora Juçara Dutra Vieira, ex-presidente do Cpergs, defendeu que o piso não é para já, mas para ontem e que deve ser pago retroativamente à decisão inicial do STF, de 2008.


Direção correta


Rejane Oliveira defendeu a política aprovada pela categoria de não aceitar a proposta de abono em troca de mudanças no plano de carreira, o que ocorreu agora e já tinha sido oferecido no governo Yeda, e que o Cpergs recusou participar do “Conselhão”, do Governo Tarso. Para ela, e outros dirigentes sindicais dos trabalhadores dos trabalhadores apontaram o erro dos dirigentes sindicais que lá estão fazendo coro a declarações de empresários – como Jorge Gerdau Johannpeter e Paulo Tigre - de que o plano de carreira do magistério é muito antigo e deve ser mudado. As intervenções descreveram o “Conselhão” como um espaço para atacar as conquistas dos trabalhadores e retirar direitos legitimamente conquistados. O recado da presidente da entidade foi de que “entidade é entidade, e governo é governo, cada um deve fazer sua parte”, mostrando o erro nas declarações do presidente da CUT estadual, Celso Woyciechowski, que concordou com as declarações do presidente da FIERGS que o plano de carreira não pode ser imexível por ter mais de trinta anos. Se quiserem negociar, não há impedimento, mas não é necessário entidade sindical fazer parte do governo.


Outra conjuntura


Se todos afirmaram que agora a conjuntura é outra, garantem que as bandeiras continuam as mesmas: “De luta, organização, defesa do Piso e do Plano de Carreira”, diz Rejane. Os educadores também fizeram uma especial homenagem a ex-governadora. Ela foi vaiada muitas vezes por quase toda a platéia e o júbilo foi registrado nas falas que anunciaram sua derrota política na luta dos trabalhadores em educação que redundou também em sua derrota eleitoral. Os educadores aprovaram um calendário de mobilização: no dia 28 de abril, ato público unitário dos trabalhadores organizados no Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE); Dia 11 de maio realização de um dia estadual de paralisação pela implementação do piso e contra a retirada de direitos, com atividades regionais.


E para inaugurar a nova conjuntura, no final da Assembléia, a passeata de milhares de funcionários públicos de diversas categorias que se somaram aos da educação, quase termina em pancadaria. Os soldados da Brigada Militar quiseram dar o ritmo e o caminho e aí foi aquele empurra-empurra, ameaça de gás pimenta, como se pode ver nas fotos. A manifestação foi para que os servidores informassem ao governo que continuarão lutando por seus direitos e que não aceitarão alterações na previdência estadual e na lei que garante o pagamento das Requisições de Pequenos Valores (RPVs).

03 abril 2011

A Conexão da Tribo de Atuadores

Ói Nóis com a Música da Cena



A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz e o Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, de Natal (RN), inscrevem dia 5 e iniciam dia 6 até o dia 8 de abril, na Terreira da Tribo (rua Santos Dumont, 1186), às 20 horas, o Seminário Música da Cena. A entrada e as inscrições, das 9 às 18 horas, são gratuitas.

A atividade pretende reunir músicos, compositores e atores para debaterem as criações musicais no teatro brasileiro contemporâneo, e faz parte do Projeto Conexão Música da Cena que a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz e o Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, de Natal (RN).


Durante o Seminário será realizada na parte da manhã, nos dias 7, 8 e 9 de abril, das 9 às 13 horas, a oficina A música da cena: princípios da atuação polifônica para o ator e o músico com Marco França, diretor musical do Clowns de Shakespeare. Na etapa em Porto Alegre, os dois grupos desenvolverão de 6 a 12 de abril experimentos cênicos com ênfase na pesquisa musical.


Os experimentos serão direcionados também a investigar as diferenças entre o trabalho musical para o teatro na rua, palco e espaços alternativos. O resultado destes dias de intercâmbio será apresentado em Ensaio Aberto ao público no dia 12 de abril, às 20h, na Terreira da Tribo.


O projeto vai realizar uma série de atividades relativas à investigação da linguagem musical no teatro a partir da prática dos grupos. E fazer mapa eletrônico dos profissionais – músicos, compositores, arranjadores, diretores musicais, etc. – num primeiro levantamento de quem trabalha nesta área no Brasil. Para isto será enviado um formulário com questões acerca da prática destes profissionais. Os interessados poderão acompanhar o registro deste processo desenvolvido pelos grupos – tanto nas atividades à distância, quanto nos encontros presenciais – através do blog musicadacena.blogspot.com e nas publicações Cavalo Louco – Revista de Teatro da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz e Revista Balaio, do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare.


Programação Seminário Música da Cena:


Dia 6/4, quarta-feira – Bate papo “O uso da música nos processos de criação do Clowns de Shakespeare e Ói Nois Aqui Traveiz”, com participação dos grupos teatrais e dos músicos Marco França e Johann Alex de Souza


Dia 7/4, quinta-feira – Ensaio aberto do espetáculo “O Capitão e a Sereia” do Clowns de Shakespeare e bate papo sobre o uso da música no espetáculo


Dia 8/4, sexta-feira – Debate “A música para teatro em Porto Alegre”, com participação de Flávio Oliveira, Luiz André da Silva, Johann Alex de Souza e Marcos Chaves.


Palestrantes:

Marco França - Músico profissional, tecladista, compositor, produtor musical e arranjador, participou de diversas gravações de CDs e shows com vários artistas nacionais e internacionais. No teatro atua como diretor, ator e diretor musical do grupo de teatro Clowns de Shakespeare, onde desenvolve pesquisa musical com base na preparação do ator e na criação cênica a partir de jogos musicais.


Johann Alex de Souza - Músico profissional há mais de vinte anos, atuando como instrumentista, compositor e professor de educação artística. Graduou-se no curso de Licenciatura em Música pela UERGS/FUNDARTE e fez especialização em Pedagogia da Arte FACED/UFRGS. Compôs música de cena para o grupo teatral Vento Forte (SP) e Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, para quem realizou, entre outras, a trilha de “Aos que virão depois de nós - Kassandra in Process”, melhor trilha sonora original no Prêmio Açorianos 2002 e melhor música no Prêmio Shell de Teatro 2007. Em 2008 finalizou seu primeiro CD, em parceria com a cantora Leonor Melo, intitulado Ópera de Quarto.


Flávio Oliveira - Compositor e pianista, é licenciado em Grego e Português pela UFRGS. Estudou composição com R. Schnorrenberg, A. Albuquerque e W.C. de Oliveira dentre outros mestres. Exerceu atividades docentes na área de composição, orquestração e análise no IA-UFRGS, ECA-USP, ILA-UFSM, Conservatório Musical-UFPEL e FUNDARTE. Suas composições tem sido apresentadas no Brasil e no exterior e várias estão disponíveis em CDs. Compõe para o teatro desde 1964, sendo que muitas de suas músicas de cena receberam prêmios locais e nacionais.


Luiz André da Silva - Regente, compositor, arranjador e instrumentista, diretor musical e produtor de diversos espetáculos de música e teatro, diretor fundador da Escola de Música EArte.


Marcos Chaves - Artista teatral e musical, formado em Música pela Universidade Federal de Pelotas, Especialista em Encenação Teatral pela Universidade Regional de Blumenau e Mestrando em Artes Cênicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul com pesquisa na sonoridade da cena teatral. Ator, criador de trilha sonora, preparador vocal e diretor musical de "O Avarento" (2009) e "Tartufo" (2011), espetáculos que integram a premiada trilogia "As Três Batidas de Molière" do Grupo Farsa de Porto Alegre.


ENSAIO ABERTO: O CAPITÃO E A SEREIA do Clowns de Shakespeare

Dia 7 de abril, às 20h, na Terreira da Tribo

A dramaturgia tem como livre inspiração a obra homônima de André Neves, pernambucano radicado em Porto Alegre, cujo livro foi um dos finalistas do Prêmio Jabuti 2008 de literatura infantil. O autor criou a história de Marinho, um sertanejo que cresceu ouvindo histórias e canções sobre o mar, o que acabou lhe gerando uma grande paixão. Com o tempo Capitão Marinho desenvolve a habilidade de contar histórias e resolve montar uma trupe de mambembes para sair pelo sertão a encantar as pessoas com suas histórias marítimas. Tudo ia bem até o dia em que simplesmente resolve deixar o grupo e decide finalmente conhecer o mar. Porém, ao invés de contar a saga do herói que parte em busca do seu sonho, os Clowns de Shakespeare escolheram contar a história da trupe que ficou.


OFICINA A música da cena: princípios da atuação polifônica para o ator e o músico

De 7 a 9 de abril, das 9h às 13h Inscrições: dia 5 de abril, das 9h às 18h, na Terreira da Tribo


Voltado para atores, bailarinos, diretores e músicos, a oficina parte da prática desenvolvida pelo Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare em sua pesquisa musical, em diálogo com os princípios da atuação polifônica proposta pelo Maestro Ernani Maletta (UFMG), esta oficina apresenta possibilidades de uma prática de criação musical como elemento de construção cênica. Os procedimentos utilizados em sala de ensaio pelos Clowns de Shakespeare são trabalhados através de estruturas coreográficas, desenhos rítmicos, de exercícios vocais, pequenas canções e do canto coral, tendo como foco a transposição de elementos de composição musical (ritmo, pulsação, timbre, etc.) para a composição da cena.


Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare

Criado há dezessete anos em Natal, Rio Grande do Norte, o grupo vem desenvolvendo uma investigação com foco na construção da presença cênica do ator, a musicalidade da cena e do corpo, e teatro popular e comédia, sempre sob uma perspectiva colaborativa. Mesmo sem trabalhar diretamente com palhaço, a técnica do clown está presente em sua estética, seja na lógica subvertida do mundo, seja na relação direta e verdadeira com a platéia, seja no lirismo que compõe o universo desses seres. Além, é claro, de toda sua carga cômica. As comédias shakespearianas vieram a contribuir para essa pesquisa. Sem adotar uma atitude “museológica” sobre o bardo, no entanto sem desrespeitar a sua genialidade, o desafio tem sido encontrar, na universalidade da obra do dramaturgo, o que faz sentido para o grupo. No seu currículo, o grupo trás importantes conquistas que conferem uma posição de referência na cena potiguar e nordestina.


Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz

A Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz surgiu em 1978 com uma proposta de renovação radical da linguagem cênica. Durante esses anos criou uma estética pessoal, fundada na pesquisa dramatúrgica, musical, plástica, no estudo da história e da cultura, na experimentação dos recursos teatrais a partir do trabalho autoral do ator. Não se limitando à sala de espetáculos, desenvolveu uma linguagem própria de teatro de rua, além de trabalhos artístico-pedagógicos junto à comunidade local. Abriu um novo espaço para a pesquisa cênica - a Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que funciona como Escola de Teatro Popular, oferecendo diversas oficinas abertas e gratuitas para a população. A organização da Tribo é baseada no trabalho coletivo, tanto na produção das atividades teatrais, como na manutenção do espaço. O Ói Nóis Aqui Traveiz segue uma evolução contínua e constitui um processo aberto para novos participantes. Para a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz o teatro é instrumento de desvelamento e análise da realidade: a sua função é social, contribuir para o conhecimento dos homens e ao aprimoramento da sua condição.

01 abril 2011


Retomando os trabalhos.

Será aos poucos, mais vamos lá!

Abçs aos que pediram.

Luix