30 janeiro 2009

Estudantes continuam lutando contra aumento das tarifas dos ônibus

Depois de reprimir violentamente a manifestação dos estudantes contra o aumento das tarifas dos ônibus da capital, a Brigada Militar, desta vez, resolveu negociar.

Na manifestação da tarde quente desta sexta feira, no Largo Glênio Perez, a capitã Ana Claudia, procurou os estudantes e pediu que se eles saíssem em passeata era só avisar que organizariam a circulação dos veículos. A Brigada justificou o uso da força contra a manifestação na terça alegando que lela estaria atrapalhando a circulação dos veículos.

Os estudantes se concentraram no Glênio Perez e, depois ocuparam a frente da Prefeitura. O aumento está fixado pela prefeitura para entrar em vigor no dia 3 de fevereiro. A passagem passará de R$ 2,10 para R$ 2,30. Entidades sindicais como Cpergs, DCE da URGS e grêmios estudantis dizem que “não tem cabimento o aumento da passagem quando a crise econômica se intensifica e vai produzir mais desempregados, prejudicando ainda mais os mais necessitados da população”. “E ainda há empresa que quer reduzir salários”.

A manifestação terminou sem incidentes.
No vídeo o protesto em frente ao prédio da prefeitura.

Um dia para os protestos das travestis e transexuais

O 29 de janeiro é o dia Nacional da Visibilidade das Transexual e das Travestis. Para protestar e reivindicar direitos humanos – que denunciam, lhes são negados -, foram às ruas.
As Trans reivindicam direitos humanos.

Em Porto Alegre, ocuparam a Esquina Democrática. Fizeram ato que contou com apoio de centena de pessoas que paravam para conversar e tomar ciência de algo que “nem lhes passava pela cabeça que era assim”, como disse uma senhora, que saia de um dia de trabalho pesado em uma loja comercial.

As Trans gaúchas denunciaram os governos federal, estadual e municipal por preconceito e discriminação. Citam deversos casos, caracterizando as ameaças constantes – onde moram, onde passam a infência e são criadas, nas escolas onde acabam não podendo estudar, nas ruas onde passam. São tratadas como pessoas de segunda categoria. Perseguidas pelos homens da segurança publica, sem direito ao trabalho formal, sem cidadanias que as inclua nas políticas publicas de saúde, moradia, educação.
Apontam: não são diferentes em preconceito e discriminação a elas os governos Lula, Yeda e Fogaça. Ajudam a guetizar as Trans empurando-as para os mesmos papeis sociais: prostitutas, atrizes pornôs, cabeleireiras, costureiras. Em que poderiam se especializar para terem melhor destino social? Um dentista Trans? Uma pediatra Trans? Uma militar Trans? Uma bombeira Trans? Uma jornalista Trans? Uma engenheira? Uma obstetra? Não há respeito a uma Trans em qualquer situação profissional nesta sociedade.

Quem pensa na transformação social, portanto, não pode deixar de contar com a militância destas companheiras de luta.

Abaixo algumas palavras que estavam em seus documentos e indicação para quem precisa de ajuda e militância.

TRANSFOBIA
Tranforme essa ideia.

QUANDO OCORRE?
Quando as TRANS são impedidas de ter acesso à saúde, educação, moradia e emprego.
Quando a cidadania das TRANS é prejudicada por puro preconceito.
Quando, dentro de suas próprias famílias, as TRANS são abusadas psicologicamente e até fisicamente.
Quando pessoas vizinhas das TRANS as insultam e controlam suas vidas, fazendo falsas denuncias na tentativa de tirá-las do bairro, cidade ou país.
Quando em algum hospital ou posto de saúde as TRANS são desrespeitadas por funcionários ou profissionais de saúde.
Quando afirmam que não somos a pessoa da foto na nossa carteira de identidade para causar-nos constrangimento.
As TRANS usam um "nome social" feminino que as caracteriza. É preferível chamá-las por esse nome.
Quando alguns veículos de comunicação e seus programas ridicularizam, difamam e humilham as TRANS.

É assim que imaginamos o futuro:
Fim da exclusão escolar das Travestis
Reconhecimento do Trabalho das Travestis profissionais do sexo
Nenhuma perseguição, violência, abuso de poder, extorsão ou constrangimento ilegal da Polícia sobre as travestis
Direito de alteração do nome em cartório
Direito a Assistência Social, Previdência, Moradia e Saúde das Travestis
Direito a privacidade e de receber amigos e namorados na prisão
Aprovação do PL 122 que criminaliza a Homofobia no Brasil
Direito da identidade de género Feminina



A Associação de Travestir e Transexuais do Rio Grande do Sul é coordenada pela Marcelly Malta, tem como tesoureira a Scheila Barbosa, como Secretária a Cristiane Oliveira, e está funcionando na Galeria Malcon, 6º andar, sala 613.

27 janeiro 2009

I Marcha contra a intolerância religiosa
Rio Grande do Sul, nós podemos!

Vamos supor que num cenário social como o do Rio Grande do Sul, já exista uma luz, não no fim do túnel, mas em seu início. Afinal, somos ainda todos muito novos.

Que ligue o povo excluído, trabalhador, masculino e feminino, das diversas sexualidades, que possibilite uma conexão que se transforme em movimento e liderança política? Mas que vá além, captando o ânimo de luta dos lutadores sociais.

Que, de fato, seja algo novo política e socialmente, pela forma e conteúdo, uma síntese que vem fermentando as comunidades excluídas, oprimidas, exploradas. Que amplie as soluções que precisam ser resolvidas e estão colocadas nas diversas comunidades, tribos, classe social. Seria uma mudança límpida como a luz do dia.

Não, não estou falando apenas do ato que foi a celebração dos 25º aniversário do MST, que ainda terá suas repercussões ao longo da história. Mas da 1ª Marcha das religiões de matriz africana, ocorrida em Porto Alegre, no dia 21 de janeiro passado.

Não estou falando das atuações do grupo Oi Nóiz Aqui Traveiz, com suas monumentais apresentações (não no sentido faraônico de gastos), e representações, idéias e arte, como o fez ao abordarem a vida de Carlos Marighela, na peça O Amargo Santo da Purificação.

Se observarmos as revelações das celebrações dos movimentos sociais no estado, ela se revelou como uma existência, uma vontade política e social sustentada pelo sincretismo religioso, liderada pela matriz africana.

Mais do que uma marcha, o que foi mostrado aos porto alegrenses na concentração, no Largo Gênio Perez e na Caminhada, que passou pelo Largo Zumbi e foi até as águas do Rio Guaíba, na Usina do Gasômetro, foi um ato religioso radiante.

Quase duas mil pessoas cantaram os cânticos dos orixás de luta. Orixás chamados pelos seus fiéis para estarem juntos a eles, protegendo-os, quando estão em movimento, no trabalho, nas ruas. Xangô, no sincretismo católico, São Miguel Arcanjo. Oxum, no sincretismo católico, Nossa Nenhora.

Quando a Marcha chegou à beira do Rio, no Gasômetro, o canto foi dedicado a Oxum, as mais novas e as mais velhas. Só depois de chamar Oxum o ritual da entrega foi completado. Era um ato religioso-político, seguindo os ritos, com os momentos de liturgia, em que uns cantavam, outros respondiam, muitos cantavam junto. Tinha, incrivelmente, quem apenas dançava. E os que faziam tudo isto e ainda aplaudiam entusiasmados, sem serem incitados para isto.
A marcha não tinha bandeiras.

Cada um com seu orixá, dentro de si, a orientar a sua cabeça.

Vamos supor que num cenário social como o do Rio Grande do Sul, já exista esse caminho, uma luz, não no fim do túnel, mas no inicio do caminho para o coração de todas as etnias, de todos o trabalhadores, masculinos e femininos, nas diversas sexualidades? Que consiga se conectar com a alma inovadora de uma nova liderança política, indo além, captando o ânimo de luta dos lutadores sociais. Ampliando as soluções que precisam ser resolvidas e estão colocadas.

Sabe como é! Eu tenho um sonho, e considero que nós podemos.

A marcha não tinha bandeiras.
Neste movimento existe uma cultura de que a bandeira é o Ori, ou o Orixá de cada um. Não sou conhecedor do assunto, na verdade um grande ignorante, mas vou tentar explicar: o Ori é você, é o que está em sua cabeça, mas, é você se você tiver consciência disto, de quem é você. Você é a sua bandeira. E, se tiver aqueles propósitos, de quase duas mil pessoas, cada um é o Ori que está junto com outros querendo, sonhando, lutando por este bem estar comum. Ali, o Ori de cada um é o que cada um quer para si e para todos, do melhor e do bom para a vida, no caso, coletiva.
Cada um com seu orixá, dentro de si, a orientar a sua cabeça.

A organização da Marcha também é especial. Os filhos de santo ficam perto de suas mães e pais de santo. Como tinha muitas linhas do candomblé e da umbanda, elas se visitam, se relacionam, mas, ali um babalorixá fazia o papel de anfitrião, o Pai de Santo. Era como se tivesse feito o convite. E ele coordenou a Marcha de forma luminosa. A sintonia do Baba Diba de Iyemonja, em cima do caminhão de som do Sindicato dos Metalúrgicos de Canoas, com seus filhos, simpatizantes, populares mostra que o povo quer mudar, e talvez isso ocorra.

22 janeiro 2009


Estudantes protestam contra aumento das passagens

Estudantes e populares, apoiados pelos grêmios do Julinho, Rosário, Instituto de Educação, Centro dos Professores, DCE da Urgs, Sindisprev e outras entidades, realizaram ato de protesto contra a pretensão das empresas de transporte coletivo de Porto Alegre de aumentar os preços das passagens.
Distribuíram material afirmando que o prefeito da cidade, José Fogaça, aproveitaria o feriado de 2 de fevereiro, para decretar a majoração para R$ 2,40 no preço das tarifas.

O ato foi na Esquina Democrática e seguiu em passeata pelas principais ruas da cidade, com os manifestantes lembrando que este ano, “quando estamos vivendo crise econômica que vem demitindo trabalhadores e aumentando o preço dos alimentos, os grandes empresários não querem perder nada e querem que o povo pague a crise gerada por eles.”
Na atividade foi criado o Comitê de Luta Contra o Aumento da Passagem que “convocará a população a conversar com os vizinhos e os colegas de serviço para organizar em cada bairro e local de trabalho a luia contra este aumento abusivo.”

Religiosos de matriz africana denunciam perseguição e preconceito

Marcando o dia 21 de janeiro, como o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o Conselho Nacional de Yalorixas Ekédes e Ebomis Negras do Rio Grande do Sul e o Fórum Estadual de Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Segurança Alimentar, FORMA-RS, reuniram mais de mil adeptos em Porto Alegre, e realizaram a I Marcha Estadual pela Liberdade Religiosa e pela Vida.
Pela manhã, os religiosos tiveram audiencia com o secretário de Segurança do estado, Edson Goularte, a quem denunciaram o desrespeito da Brigada Militar, que aceita como “denuncia”, a prática do culto, enviando viatura para interromper atividades religiosas.
O conselheiro da Congregação em Defesa das Religiões Afro-Brasileiras - CDRAB - Babalorixá Dyba de Iyemanjá, apresentou ao secretário documento apontando que o que tem sido apontado como “crime” é apenas perseguição religiosa, visando silenciar os cultos.
Ainda neste dia 21, os religiosos entraram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADIN - no Tribunal de justiça do Estado, contra lei estadual, de autoria do deputado evangélico Carlos Gomes, do PPS, e sancionada pela governadora Yeda Crusius, estabelecendo limites para a emissão sonora em templos religiosos, mas usada apenas para perseguir as religiões de matriz africana.
Depois da atividade no Largo Glênio Peres, onde contou com apoio da comunidade palestina e da manifestação dos estudasntes que lutam para impedir o reajuste do preço do transporte na cpaital, a Marcha seguiu até o Largo Zumbi dos Palmares, onde prestou homenagens as lideranças assassinadas no Quilombo dos Alpes. Foi mais uma denuncia contra a inoperância das autoridades policiais que tinham informações das ameaças que dois quilombolas sofriam, e nada foi feito. Em seguida, os marchantes foram até a beira do rio Guaíba, onde os religiosos renderam homenagens às divindades das águas.
A Marcha antencipou no estado o lançamento da campanha nacional "UM MUNDO COM TOLERÂNCIA É POSSÍVEL”, dentro do projeto CANTANDO AS DIFERENÇAS , que será lançada dia 27 de janeiro durante o Fórum Social Mundial que ocorre em Belém, Pará.
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O documento distribuído pelos religiosos durante a Marcha tem o seguinte conteúdo:






O Brasil discursa em todas as mesas internacionais, evidenciando sempre o discurso da Democracia Racial e do País da Tolerância, porém os Brasileiros sabem que este discurso é falso, e não corresponde à realidade vivenciada neste Brasil dito democrático, onde constitucionalmente se estabeleceu o princípio do Estado Democrático de Direito, mas também onde os direitos básicos individuais estão distantes de serem alcançados pelo Povo.
O discurso de que aqui as diferentes religiões existentes neste caldeirão cultural Brasileiro, sempre se respeitaram, também é um discurso vazio e não corresponde à realidade histórica. A Igreja Católica nos 500 anos do Brasil Ocidentalizado perseguiu Judeus, Protestantes, Islâmicos e as Religiões de Matriz Africana, bem como os cultos Indígenas. Hoje a Igreja Católica Romana pediu desculpas e reconheceu as atrocidades cometidas, porém enganam-se aqueles que acham que a Paz e o Respeito pelas diferenças de Credo, embora direito Constitucional, são práticas adotadas na vida cotidiana das pessoas, as Intolerâncias Religiosa, Racial, Sexual ou de Género, são uma realidade da sociedade brasileira. Todos os dias temos relatos de práticas intolerantes que evidenciam o ódio e o desrespeito pelas diferenças, práticas que vão desde xingamentos, agressões, assassinatos. Porém agora surge nova prática intolerante, praticada diariamente nas Casas Legislativas, os Parlamentares Racistas, derramam uma verdadeira enxurrada de Leis que não respeitam as Leis Internacionais tais como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, bem como a Constituição Federal em seu Artigo 5° e atingem principalmente as práticas das Religiões de Matriz Africana.
É contra a hipocrisia estabelecida no discurso de Tolerância Religiosa, apregoado pela sociedade dominante Excludente, Racista, Machista e Homofóbica que este Fórum luta, e vai a rua reafirmar "Que um Mundo com Tolerância é Possível"
"Enquanto existir uma folha, existirá um Orixá".

19 janeiro 2009


1ª MARCHA ESTADUAL PELA LIBERDADE RELIGIOSA E PELA VIDA!

Religiosos de diversas tradições realizam dia 21 de janeiro a 1ª Marcha Estadual Contra a Intolerância Religiosa e Pela Vida. As comunidades das religiões de matriz africana denunciam perseguição religiosa, protegida pelos governos Yeda-Fogaça.

Tanto o governo do estado quanto o do município de Porto Alegre acolheram lei, apresentada por um deputado evangélico, sem o mínimo debate com as religiões afro, legalizando a perseguição. Os religiosos têm sido vitimas do aumento da intolerância religiosa.

O dia 21 de janeiro faz parte d o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, e será lembrado em diversas outras capitais, com atividades diversas. Em Porto Alegre, o objetivo dos organizadores é reunir praticantes de religiões afro-brasileiras, simpatizantes e religiosos de outras confissões que também clamam pelo respeito, entendimento e diálogo inter-religioso.

A concentração começa às 16 horas, no Largo Glênio Peres e a caminhada está prevista para às 18 horas até o Largo Zumbi dos Palmares, onde acontecerá um ato público, às 19h30. No Gasômetro serão entregues presentes às divindades das águas.

No Largo Zumbi dos Palmares os integrantes da Marcha realizarão ato de repúdio ao assassinato de quilombolas do Quilombo dos Alpes, ocorrido no final de 2008, e exigir a criação das delegacias especializada em crimes étnico-raciais e intolerância religiosa.

A Marcha tem apoio de inúmeras entidades entre elas a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa/RS, associações representativas das religiões de matriz africana no Estado, gabinetes de Deputados estaduais e vereadores, Organizações Não-governamentais, Partidos e movimento sindical.

18 janeiro 2009



Operación Plomo Impune

Eduardo Galeano

Para justificarse, el terrorismo de estado fabrica terroristas: siembra odio y cosecha coartadas. Todo indica que esta carnicería de Gaza, que según sus autores quiere acabar con los terroristas, logrará multiplicarlos.

***

Desde 1948, los palestinos viven condenados a humillación perpetua. No pueden ni respirar sin permiso. Han perdido su patria, sus tierras, su agua, su libertad, su todo. Ni siquiera tienen derecho a elegir sus gobernantes. Cuando votan a quien no deben votar, son castigados. Gaza está siendo castigada. Se convirtió en una ratonera sin salida, desde que Hamas ganó limpiamente las elecciones en el año 2006. Algo parecido había ocurrido en 1932, cuando el Partido Comunista triunfó en las elecciones de El Salvador. Bañados en sangre, los salvadoreños expiaron su mala conducta y desde entonces vivieron sometidos a dictaduras militares. La democracia es un lujo que no todos merecen.

***

Son hijos de la impotencia los cohetes caseros que los militantes de Hamas, acorralados en Gaza, disparan con chambona puntería sobre las tierras que habían sido palestinas y que la ocupación israelita usurpó. Y la desesperación, a la orilla de la locura suicida, es la madre de las bravatas que niegan el derecho a la existencia de Israel, gritos sin ninguna eficacia, mientras la muy eficaz guerra de exterminio está negando, desde hace años, el derecho a la existencia de Palestina.
Ya poca Palestina queda. Paso a paso, Israel la está borrando del mapa.
Los colonos invaden, y tras ellos los soldados van corrigiendo la frontera. Las balas sacralizan el despojo, en legítima defensa.
No hay guerra agresiva que no diga ser guerra defensiva. Hitler invadió Polonia para evitar que Polonia invadiera Alemania. Bush invadió Irak para evitar que Irak invadiera el mundo. En cada una de sus guerras defensivas, Israel se ha tragado otro pedazo de Palestina, y los almuerzos siguen. La devoración se justifica por los títulos de propiedad que la Biblia otorgó, por los dos mil años de persecución que el pueblo judío sufrió, y por el pánico que generan los palestinos al acecho.

***

Israel es el país que jamás cumple las recomendaciones ni las resoluciones de las Naciones Unidas, el que nunca acata las sentencias de los tribunales internacionales, el que se burla de las leyes internacionales, y es también el único país que ha legalizado la tortura de prisioneros.
¿Quién le regaló el derecho de negar todos los derechos? ¿De dónde viene la impunidad con que Israel está ejecutando la matanza de Gaza? El gobierno español no hubiera podido bombardear impunemente al País Vasco para acabar con ETA, ni el gobierno británico hubiera podido arrasar Irlanda para liquidar a IRA. ¿Acaso la tragedia del Holocausto implica una póliza de eterna impunidad? ¿O esa luz verde proviene de la potencia mandamás que tiene en Israel al más incondicional de sus vasallos?

***

El ejército israelí, el más moderno y sofisticado del mundo, sabe a quien mata. No mata por error. Mata por horror. Las víctimas civiles se llaman daños colaterales, según el diccionario de otras guerras imperiales. En Gaza, de cada diez daños colaterales, tres son niños. Y suman miles los mutilados, víctimas de la tecnología del descuartizamiento humano, que la industria militar está ensayando exitosamente en esta operación de limpieza étnica.
Y como siempre, siempre lo mismo: en Gaza, cien a uno. Por cada cien palestinos muertos, un israelí.
Gente peligrosa, advierte el otro bombardeo, a cargo de los medios masivos de manipulación, que nos invitan a creer que una vida israelí vale tanto como cien vidas palestinas Y esos medios también nos invitan a creer que son humanitarias las doscientas bombas atómicas de Israel, y que una potencia nuclear llamada Irán fue la que aniquiló Hiroshima y Nagasaki.

***

La llamada comunidad internacional , ¿existe?
¿Es algo más que un club de mercaderes, banqueros y guerreros? ¿Es algo más que el nombre artístico que los Estados Unidos se ponen cuando hacen teatro?
Ante la tragedia de Gaza, la hipocresía mundial se luce una vez más. Como siempre, la indiferencia, los discursos vacíos, las declaraciones huecas, las declamaciones altisonantes, las posturas ambiguas, rinden tributo a la sagrada impunidad.
Ante la tragedia de Gaza, los países árabes se lavan las manos. Como siempre. Y como siempre, los países europeos se frotan las manos.
La vieja Europa, tan capaz de belleza y de perversidad, derrama alguna que otra lágrima, mientras secretamente celebra esta jugada maestra. Porque la cacería de judíos fue siempre una costumbre europea, pero desde hace medio siglo esa deuda histórica está siendo cobrada a los palestinos, que también son semitas y que nunca fueron, ni son, antisemitas. Ellos están pagando, en sangre contante y sonante, una cuenta ajena.

(Este artículo está dedicado a mis
amigos judíos asesinados por las
dictaduras latinoamericanas que
Israel asesoró)
Artigo publicado originalmente dia 16 de janeiro no portal Brecha Digital

13 janeiro 2009

Ato cria Comitê de Apoio a luta palestina



Centena de palestinos receberam a solidariedade de diversas entidades políticas, sindicais, populares, estudantis gaúchas no Plenarinho da Assembléia Legislativa do Estado, quando formalizaram a criação do Comitê de Apoio a causa Palestina. Depois, juntos, caminharam pelas ruas de Porto Alegre, até a esquina Democrática onde realizaram ato de repudio à política israelense e norte americano, principalmente.

No plenarinho falou apenas Fátima Ali, da Sociedade Árabe Palestina do Rio Grande do Sul, que leu o manifesto, à baixo, informando também a dor da perda das vidas e humanidade com a ação criminosa do exercito israelense, e do sentimento de solidariedade que recebem e doam os palestinos, em ações políticas, material, diplomática e financeira à causa daquele povo.

Em seguida as pessoas que estavam no auditório e as que ficaram fora, pois o local não coube todos que compareceram, saíram em passeada.
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Comité de Solidariedade ao Povo Palestino - Rio
Grande do Sul


Em 1947 o Conselho de Segurança da ONU aprovou a partilha que dividiu a histórica Palestina em dois estados (Israel e Palestina). Quase 800 mil palestinos foram expulsos de forma brutal e sangrenta de suas terras, vilas e lares. Sessenta anos após. o povo palestino continua resistindo à ocupação israelita-sionista.

Mesmo condenado a sobreviver em campos de concentração dentro de 17.2% do que lhes restou de suas terras, ou a ser cidadãos de segunda categoria dentro das fronteiras de Israel.

O que acontece na Palestina?
A nação palestina sofre um verdadeiro regime de apartheid; cidades cercadas por muros e arames farpados, mais de 600 postos de controle que impedem a livre circulação, servindo como instrumentos de castigo coletivo à população. A construção promovida por Israel de assentamentos ilegais, os mais de 10 mil presos políticos nos cárceres israelenses, a "ocidentalização" de Jerusalém Oriental, mostram que Israel ocupa a Palestina, militar, económica e politicamente.

Quem são os Palestinos?

Os palestinos são aproximadamente nove milhões. Quatro milhões vivem na Jordânia, Síria, Líbano e outros países árabes onde sobrevivem em campos de refugiados. Um milhão de palestinos encontra-se em diáspora nos mais diferentes países. Mais quatro milhões vivem nos territórios ocupados da Palestina, Cisjordânia, Faixa de Gaza e Israel. Os palestinos vivem sob a política segregacionista do governo de Israel, que detém o controle do fornecimento de água, eletricidade e combustíveis. A movimentação dos palestinos é severamente controlada por 600 barreiras militares, muro da vergonha com 700km de comprimento e 8m de altura, que corta e cerca a Palestina. Israel controla todas as fronteiras não permitindo o retorno dos palestinos. A Faixa de Gaza é a área de maior densidade populacional do planeta, com cerca de quatro mil hab por quilómetro quadrado.

O massacre

Desde o dia 27 de dezembro de 2008, o exército de Israel vem promovendo um novo massacre. Não podemos chamar de guerra a esta carnificina, onde o quarto maior exército mundial executa indistintamente crianças e mulheres com o pífio argumento de que combate as forças do Hamas.

Esta agressão criminal é contra o povo palestino, suas casas, escolas, mesquitas, hospitais, crianças, mulheres e anciões. Terrorismo, para Israel, é qualquer ato de resistência, é qualquer árabe que não se submeta aos ditames dos invasores.

As verdadeiras razões da barbárie

Às vésperas das eleições em Israel, o governo sionista lança os violentos ataques ao povo palestino com a intenção de promover eleitoralmente seus partidos às custas do sangue de inocentes. Ao mesmo tempo que busca, através da força, dividir a nação palestina e seus representantes, para impedir a criação de um Estado Palestino livre e soberano.

O Comité de Solidariedade ao Povo Palestino RS convoca a todos os democratas do mundo a denunciar esta monstruosidade e combater, de todas as formas possíveis, as atrocidades do governo de Israel e seu comparsas imperialistas , os EUA, com sua política de dominação opressiva, massacrando povos do oriente médio, como Iraque, Afeganistão, Palestina, Líbano...

1- FIM IMEDIATO DOS ATAQUES E AGRESSÕES AO POVO PALESTINO
2- RETIRADA INCONDICIONAL DAS TROPAS ISRAELENSES E LEVANTAMENTO DO CERCO A GAZA 3-ABERTURA DAS PASSAGENS PARA AJUDA HUMANITÁRIA
4- FIM DA OCUPAÇÃO MILITAR DO TERRITÓRIO PALESTINO 5- POR UM ESTADO PALESTINO LIVRE, LAICO , SOBERANO E
VIÁVEL.

Entidades e personalidades participantes :
Federação Arabe-Palestina do Brasil - FEPAL, Centro Brasileiro de Defesa da Soberania dos Povos e Luta Peta
Paz - CEBRAPAZ, Sociedade Árabe Palestina do RS, Psol, PCdoB, PCB, PSTU, PT, Mov.Avançando Sindical, Juventude Avançando, Comité pela Libertação da Palestina, União da Juventude Socialista, União da Juventude Comunista, União
Brasileira dos Estudantes Secundaristas, Sociedade Palestina, SEMAPl, CUT RS, CTB RS, CONLUIAS RS, OAB RS, SINDIPETRO RS, Associação Cultural José Marti, Associação de Médicos e Amigos de Cuba, Deputada Federal Luciana Genro, Deputada Federal Manuela Dávlla, Deputado Estadual Adão Villaverde, Vereadora Fernanda Melchionna, Vereador Pedro Ruas, Gab. Dep. Est. Marisa Formolo, Gab. Dep. Est.
Raul Carrion, Gab. Dep. Fed. Maria do Rosário, Gab. Dep. Est. Dionilso Marcon, Gab. Dep. Fed. Adão Preito, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, União das Associações de Moradores de Porto Alegre, Corrente Comunista Luiz Carlos
Prestes, Clube de Cultura, Sindicato dos Assistentes
Sociais.

07 janeiro 2009

Contra o massacre e a destruição da Universidade Islâmica de Gaza

Enquanto a carnificina causada pelo ataque israelense à Faixa de Gaza nos enche de horror, tristeza e indignação, um fato, em particular, nos obriga a nos manifestar: a destruição da Universidade Islâmica de Gaza. Assim como as universidades católicas e pontifícias em todo o mundo, a Universidade de Gaza é uma instituição dedicada ao ensino e à pesquisa acadêmica. Devido à negação ao acesso e compartimentação da vida nos territórios palestinos, a Universidade Islâmica tornou-se ainda mais importante para a população jovem de Gaza, impedida de cursar faculdades na Cisjordânia, em Israel ou no exterior, inclusive quando são aceitos como bolsistas.A Universidade atende mais de 20.000 estudantes, 60% dos quais são mulheres. Formada por 10 faculdades, oferece cursos de graduação e pós-graduação em educação, religião, arte, comércio, direito, engenharias, ciências exatas, medicina e enfermagem. Usa-se o mesmo sofisma com o qual se ataca o povo de Gaza: os estudantes e os professores da Universidade seriam do Hamas, pretexto idêntico aquele utilizado pelos regimes fascistas para decretar a morte da cultura. O que querem é a morte da memória, da história e da identidade do povo palestino.Os signatários desta carta condenam toda violência e lamentam cada morte, seja em Israel, seja nos Territórios Palestinos Ocupados ilegalmente por Israel. Mas não podemos aceitar calados que seja lançado literalmente aos escombros o direito à educação, à dignidade, à vida nessa pequena faixa de terra onde há décadas a população vive na mais absoluta negação. Ao atacar o direito à educação e à cultura em Gaza, coloca-se à prova a educação e a cultura mundiais.

SIGNATÁRIOS

Adelaide Gonçalves, Universidade Federal do CearáAfrânio Mendes Catani - USPAlice Áurea Penteado Martha, UEM, Maringá/PRAlphonse Nagib Sabbagh - Universidade Federal do Rio de JaneiroAnita Handfas, FE/UFRJAntonio Carlos de Azevedo Ritto, UERJAntonio Miguel, FE, Unicamp, Ana Lúcia Goulart de Faria, FE, Unicamp, Philomena Gebran, UFRJArlene Clemesha, FFLCH, Universidade de São PauloArlete Moyses Rodrigues, IFCH, UnicampArlet Ramos Moreno, IFCH, UnicampÁurea M. Guimarães, F.E. - Unicamp.Benedito Antunes, FCL-UNESP, AssisBoaventura de Sousa Santos - Universidade de CoimbraCacilda Aparecida da Silva - PUC-SPCaio N. de Toledo, IFCH, UNICAMPCarlos Eduardo Martins, Universidade Federal FluminenseCarlos Walter Porto-Gonçalves, UFFCeci Juruá, LPP - UERJClarice Gatto - Friocruz - RJClaudia Gil Ryckebusch - PUC-SPCristina Ayoub Riche - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Suely Ferreira Lima - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cristiane Nunes Duarte - Universidade Federal do Rio de JaneiroCristina Paniago, FCS, Universidade Federal de AlagoasDanilo Enrico Martuscelli, IFCH, UnicampDanilo Guiral, FAU-USPDeise ManceboMário Maestri, Historiador, Programa de Pós-Graduação em História da UPFFlorence.Carboni, Universidade Federal do Rio Grande do SulEdmilson Carvalho, UCSALEduardo Galeano, EscritorEdwiges Rabello de Lima, prof. SEESPEleuterio F. S. Prado, FEA/USPElisabeth Sekulic, PPFH/UERJEmir Sader, LPP - UERJ e Universidade de São PauloEnio Serra - FE/UFRJFernando Morais, Jornalista e EscritorFlávio Wolf de Aguiar, FFLCH/USP.Francisco Antonio de Castro Lacaz - UNIFESP/Escola Paulista de MedicinaFrancisco de Oliveira, FFLCH - Universidade de São PauloFrancisco Miraglia, IME -Universidade de São PauloGaudencio Frigoto - UERJGilberto Maringoni - JornalistaGuillermo Almeyra - Universidade Autonoma de MéxicoGuillermo Marcelo Almeyra CasaresHeloísa Fernandes, FFLCH - Universidade de São PauloHugo V. Capelato, Instituto Nacional de Pesquisas EspaciaisIldeberto Muniz de Almeida - Faculdade de Medicina Botucatu - UNESPImmanuel Wallerstein - Yale UniversityIvana Jinkings, Editora João Alexandre Peschanski, University of Wisconsin-Madison.João Baptista M. Vargens - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Hani Hazime - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Ibrahim Georges Khalil - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Geni Harb - Universidade Federal do Rio de JaneiroJoão Francisco Tidei Lima, Unesp/USC- BauruJoaquim FontesJorge Almeida (UFBA), Jorge Marcelo Córdova JarufeJosé Arbex Jr - PUC-SPJosé Claudinei Lombardi,, FE - UnicampJosé Oscar de Almeida Marques, IFCH, UNICAMPKjeld Jakobsen, FFLCH - USPLúcio Flávio Rodrigues de Almeida - FCS, PUC-SP.Luiz Carlos de Freitas, Professor Titular da Faculdade de Educação, Unicamp.Mamede Jarouche, FFLCH - Universidade de São PauloManuela Quintáns Alvarenga , UFRJ e CEDERJMarcelo Carcanholo, FE/UFF - Universidade do Rio de JaneiroMarcos Silva, Professor Titular da FFLCH/USPMaria Teresa Toribio B.Lemos, PPGH - UERJ e NucleasMaria Victoria de Mesquita Benevides , socióloga USPMarisa Brandão, CEFET/RJMarise Leite - CAp - UFRJMaurício Vieira Martins, ICHF/UFFMichel Sleiman, FFLCH - Universidade de São PauloMiguel Attie Filho - FFLCH - Universidade de São PauloMilton Pinheiro - Universidade do Estado da BahiaMiriam Abduche Kaiuca - UFRJMirian Giannella - Socióloga DRT 1902Mona Hawi , FFLCH- Universidade de São PauloOlgária Matos, FFLCH-USPOsvaldo Coggiola, FFLCH - Universidade de São PauloPablo Gentili, UERJPatrícia Vieira Trópia, Universidade Federal de UberlândiaPaulo Benevides Soares , astrônomo USPPaulo Cesar Azevedo Ribeiro, Relações Internacionais - UNESAPaulo Nakatani, Professor UFESPedro Ganzeli, FE / UnicampRafael Alonso, Professor CEFET-RJRamon Casas Vilarino - Faculdade Sumaré.Reinaldo A. Carcanholo - UFESRoberto Leher - Universidade Federal FluminenseRodrigo Nobile, LPP - UERJRosanne E. Dias, CAp - UFRJ/ Proped-UERJRosemary Achcar - UNBSafa Jubran, FFLCH - Universidade de São PauloSergio Amadeu da Silveira - Faculdade Cásper Líbero.Sérgio Gregório Baierle, CIDADE Centro de Assessoria e Estudos UrbanosSiomara Borba, FE/UERJSonia Mariza Martuscelli , UnitauSoraya Smaili, Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de MedicinaTheotonio dos Santos, prof. Emérito UFFValter Pomar, Relações Internacionais - PTVirgínia Fontes - Historiadora, UFFVittorio Cappelli, prof. Associato di Storia Contemporanea, Università della CalabriaZilda Márcia Grícoli Iokoi, FFLCH - USP

Adesão ao documento pode ser enviada à profa. ARLENE CLEMESHA aeclem@hotmail.com ou ao prof. Caio Toledo cntoledo@terra.com.br