Durante mais de duas horas um grupo teatralizou o massacre.
Aos pés de quem passava, correndo pra lá e para cá, na Esquina Democrática.
Faixa e panfleto explicava.
Muitos apoiaram, outros fizeram gracinha: "deu, cara, levanta que tu vai te queimar". Tinham razão. O tempo não ajudou.
É ináceitável a estrutura do estado.
13 anos do massacre .
3 mil e 500 sem terra protestavam na rodovia PA 150 contra a demora na demarcação de terras.
O governador do estado. Almir Gabriel, do PSDB, deu ordens a Policia Militar para que desobstruíssem a estrada.
Os trabalhadores foram cercados pelos dois lados.
19 trabalhadores foram assassinados, 69 foram mutilados ou gravemente feridos, e 7 desaparecidos.
Há indicios de execuções;
12 foram atingidos por tiros na cabeça, 7 por armas brancas (facas, punhais e canivetes), e, pelo menos 3 foram executados com tiros à queima roupa.
Um dos lideres do assentamento foi torturado durante 4 horas e no caminho do hospital, foi assassinado com golpes de baioneta e finalmente, um tiro no ouvido.
Nenhum dos responsáveis foi preso.
Dos 144 policiais militares envolvidos, 142 foram absolvidos.
Dois foram condenados: o coronel Pantojas (228 anos de prisão), e o major Oliveira (154 anos de prisão). Mas foram postos em liberdade pelo Supremo Tribunal Federal.
E segue a vida.
Aqui no Rs também se mantém a política de repressão aos que lutam por uma outra sociedade.
Nesta conjuntura contra a política maluca da doisa de plantão.
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