18 junho 2008


Ato contra o neoliberalismo,
a corrupção e o governo Yeda/Paulo Feijó

dia 19,
às 11 horas,
na Praça da Matriz.

Centrais sindicais, organizações estudantis e da juventude, movimentos de moradores, de luta pela reforma agrária, agrícola e novo modelo produtivo, organizados na Coordenação dos Movimentos Sociais, convocam ato publico contra o neoliberalismo, a corrupção e o governo Yeda/Paulo Feijó.

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A espera do inesperado

Depois do “sustão”, reorganização das emoções, reorganização do governo – que não termina – produção de factóides para enfrentar a onda de notícias ruins – de violência aos movimentos sociais a corrupção – as lideranças políticas tradicionais (PSDB, PMDB, PP, PTB), entenderam que não basta ser neoliberal, tem que produzir política.
Prepararam um clima de violência contra as mobilizações da Via Campesina, responsabilizando-a, ao mesmo tempo, pela violência. O objetivo é quebrar a moral do movimento dos sem terra, e angariar bom resultado em enquete encomendada e publicada no final de semana passada. Com a violência das descobertas de como agem, os dois principais secretários do governo, o da casa civil, Cesar Buzatto, e de governo, Delson Martini, foram exonerados, e a governadora inventou um gabinete de transição, para criar o clima de “nova fase”. Mas a apreensão se mantém a cada audiência da CPI do Detran e das possibilidades de novas revelações do vice-governador Paulo Feijó, agora expremido por lideranças nacionais para que pare de criticar a administração Yeda e revelar suas mazelas.

O ex-seretário da Casa civil, Cesar Buzatto, demitido após o vice divulgar conteúdo com ele, reflete bem essa tensão. Ele teme que mais fitas sejam divulgadas pelo vice. Diz que estão fazendo injustiças com ele, e que atuou “no limite da política atual”, apesar de discordar de tudo isso, pois até livro fundamentando sua contrariedade, já escreveu. Sua maior preocupação continua sendo o vice. O que pretende Paulo Feijó? O vice já disse que não divulgou tudo que gravou, apesar de ter se comprometido a não divulgar mais nada. Mas temendo o futuro, Buzatto adiantou algumas coisas em entrevista:- Que o trecho da conversa com o vice que foi cortado e guardado (Feijó diz que não tem mais), confirma que o vice faz um monte de denúncias de irregularidades envolvendo o Banrisul. Segundo ele, o vice teria dito que parte delas foi encaminhada ao Ministério Público, mas outra parte, não. Que envolveria também o período em que buscou recursos para a campanha de Yeda. Que houve irregularidades na captação de recursos para a campanha dela, mas não detalhou quais seriam estas irregularidades.
- Que o Detran e outros órgãos eram fontes de financiamento para todos os governadores. No caso do Detran há fortes indícios de que houve desvio ilegal de recursos públicos para financiar candidatos e partidos. Buzatto compara a CPI do DETRAN com a CPI da Segurança Pública, na época do governo Olívio Dutra. Diz que lá também houve muitos indícios, que não se comprovaram.
- Pesquisa publicada diz que 61,8% dos entrevistados aprovam a atitude do vice-governador em gravar e divulgar a conversa com Buzatto. Ele diz que subestimou duas coisas: a CPI do Detran e o grau de conflito da governadora com o vice. Esses dois erros custaram caro, “foi aí que fui derrotado.”

Opinião do vice sobre Cesar Buzatto
Opinião do vice-governador Paulo Feijó a respeito da conduta do ex-secretário da Casa Civil, Cesar Buzatto:
“No primeiro dia que assumi o governo em março, Busatto me procurou e me disse que a governadora deixou carta branca para mim. Em troca, gostaria que nós participássemos mais do governo e votássemos contra o requerimento da convocação de Delson Martini para a CPI. Aquele dia eu gravei da forma que gravei porque sabia que ele vinha com essa proposta quando ligou propondo tentar um acerto efetivo. Não foi a primeira e nem seria a última tentativa do Busatto, muito jeitoso, com uma maneira muito ardilosa de se colocar e se comunicar. Eu sempre conheci o Busatto assim e nunca confiei no Busatto. Ele como secretário, quando eu estava no governo, disse que gostaria da minha participação na questão do Simples. E que seria prioridade no retorno da governadora. Nunca me chamou para a reunião do Simples."Sem apontar nomes de outros interlocutores do governo com quem teve reuniões gravadas, Feijó agora diz que não tem mais nada.

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