02 fevereiro 2009


Os Guaranis e a luta contra os impérios de ontem e de hoje

Já estão em curso as atividades em homenagem aos feitos da existência dos povos Missioneiros, simbolizados no líder guarani Sepé Tiaraju e nos cerca de 1500 indígenas que morreram em 07 de fevereiro de 1756, na luta contra os exércitos dos impérios de Espanha, Portugal, apoiados pelo Vaticano.

A atividade principal será a realização do III Encontro Continental do Povo Guarani, em São Gabriel, de 04 a 07 de fevereiro. Mas as atividades iniciaram no dia 1º, com uma Bicicletada que, pelo terceiro ano consecutivo, realizará o Caminho de São Sepé, saindo de Rio Pardo e indo em direção a São Gabriel, aonde chega no dia 06, participando as atividades finais com as comunidades indígenas.

O Encontro dos povos Guarani vai discutir especialmente as questões relativas à assistência em educação, saúde e demarcação das terras indígenas. No dia
dia 07 haverá dois atos públicos e religiosos. Um ocorrerá na Sanga da Bica, onde Sepé Tiaraju foi morto e o outro em Caiboaté, onde aconteceu o massacre dos cerca de 1500 guaranis.

A luta do Povo Guarani contra os exércitos imperiais de Espanha e Portugal, avalizados pelo Vaticano, tinha como objetivo permanecer no sítio onde viviam. Pelo tratado de Madri, firmando entre Espanha e Portugal, os indígenas teriam que se transferir para a Colônia de Sacramento. Para os Guaranis não havia explicação que justificasse a ordem. Como abandonar cemitérios com os restos dos ancestrais, as plantações e criações? Porque se separar do lugar onde tinham nascido e realizado uma existência feliz?



Mesmo desaconselhados pelo Vaticano, foram à luta, foram massacrados e estão vivos na luta dos povos em luta.

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