28 fevereiro 2009

A todos os povos do mundo!
Sepe Tiaraju vive!
Fevereiro está terminando e as atividades de celebração da luta dos índios missioneiros continuam apagadas nas plagas meridionais. Entretanto, os índios missioneiros e apoiadores fizeram importante atividade cultural e sentimental revivendo a luta pelas causas em defesa da terra, da água, da vida e da história.

Mesmo ainda excluídos da história gaúcha, este passado é parte da formação social da sociedade rio-grandense e brasileira.

A atividade compreendeu celebrações nas localidades da região de São Gabriel, onde morreram , em fevereiro de 1756, o índio Sepé Tiaraju, e, logo depois, mais de 1500 indígenas, massacrados por ação unificada dos exércitos português e espanhol, abençoada pelo Vaticano.

A atividade de celebração, entretanto, iniciou antes, com a bicicleteada que a cada ano reúne mais participante e aplaina melhor o Caminho de Sepé Tiaraju.
Abaixo o manifesto aprovado pelos índios e o relatório da viagem pelos Caminhos de Sepé Tiaraju, do Ezequiel Pavelacki junto com os bicicleteiros.
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Encontro Sepé Tiaraju
Assembléia Regional do Povo Indígena Guarani
São Gabriel- Rio Grande do Sul- BRA
5, 6 e 7 de Fevereiro de 2009.

A todos os povos do mundo!

No último dia 7 de Fevereiro de 2009, cumpriu-se 253 anos da morte de Sepé Tiaraju e do massacre de Caiboaté, em que os exércitos da Espanha e Portugal mataram 1500 guerreiros para ocupar o território da antiga República Guarani. Há 253 anos o Povo Guarani vem resistindo e, há pouco mais de três décadas, intensificamos nossa luta para reivindicar os espaços territoriais que nos foram tirados e sobre os quais se construíram as cidades, derrubando as florestas, poluindo as terras e águas dos rios.

Durante 3 dias, estivemos em São Gabriel , no local em que tombou Sepé Tiaraju, nos reunimos mais uma vez, caciques, Karai, Kuña Karai e demais lideranças, homens, mulheres e crianças Guarani, descendentes dos guerreiros de Sepé Tiaraju, para conversar, nos aconselharmos e avaliar nossa situação. Ouvindo as palavras vindas de aldeias dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, preocupamo-nos com o futuro e concluímos: sem a garantia de nossas terras, não há como vivermos a cultura, e nossa vida Guarani está ameaçada.

Sentimos em denunciar que quem deveria ser nosso maior aliado, o órgão criado para trabalhar exclusivamente com os Povos Indígenas do Brasil, a Fundação Nacional do Índio - FUNAI, não está cumprindo com seu papel e vem demonstrando medo em regularizar nossas terras. Nossas comunidades relataram as tristezas e sofrimentos que passam pela demora nos encaminhamentos e soluções dos problemas, pela burocracia e falta de vontade do governo em dar uma solução para essa situação. Assim, solicitamos mais agilidade e coragem na criação dos Grupos de Trabalhos e para realizar os levantamentos antropológicos nas nossas terras que hoje estão ocupadas por fazendas, enquanto nós, que possuímos o direito de viver em nossas terras, estamos há anos em beira de rodovias, correndo perigo todos os dias, sujeitos à expulsão de nossas casas. Isso já ocorreu diversas vezes e, como exemplo, relatamos o que aconteceu em Arroio do Conde, Eldorado do Sul, RS, em julho de 2008, quando algumas famílias foram expulsas do acampamento em que viviam e tiveram suas casas destruídas pela Brigada Militar.
Vale ressaltar que a ação policial foi motivada por uma decisão de reintegração de posse, mas as referidas famílias não ocupavam nenhuma propriedade particular, elas estavam às margens da estrada, em espaço público. A nossa comunidade do Lami, na grande Porto Alegre, também receia em sofrer o mesmo e pede agilidade da FUNAI no procedimento de identificação e demarcação da terra.

Idêntica realidade de descaso e abandono ocorre nas terras de Petim, Passo Grande, Coxilha da Cruz, Estiva, Capivari, Lomba do Pinheiro, na grande Porto Alegre, RS, que também aguardam os GTs de identificação e demarcação, o que já deveria ter iniciado em 2008.
Em Yrapuã, Caçapava do Sul, RS, já ocorreu o estudo antropológico e este foi concluído há anos, no entanto a nossa comunidade está ainda à beira da estrada esperando por uma definição da Funai a fim de que possam entrar na terra, mas o processo ficou estacionado no órgão indigenista. Na terra indígena Pacheca, Camaquã, há conflito com não-índios que têm desrespeitado os limites da área indígena, já demarcada e regularizada, e colocam no seu interior o gado que destrói as plantações da nossa comunidade. Apesar de já termos denunciado por três vezes, não houve intervenção do órgão indigenista para coibir as invasões.
A terra de Cantagalo, situada em Viamão, já foi homologada e mesmo assim permanece indefinida, pois a Funai não realizou o pagamento das benfeitorias de boa fé e nem a retirada dos não-índios, que nos dizem que só podem deixar nossa terra quando receberem o referido pagamento por não terem outra fonte de sobrevivência. Também a nossa comunidade da Terra Indígena Mato Preto, em Getúlio Vargas , enfrenta a morosidade na publicação do estudo antropológico que comprova a ocupação tradicional Guarani na região.

Em Santa Catarina presenciamos também o descaso da Funai com relação a conclusão do procedimento de demarcação da Terra Indígena Araça’i, cuja retomada ocorreu em 1998, mas as famílias foram retiradas da área. O procedimento de demarcação desta área, iniciado em 2000, sofreu paralisação através de ação judicial, revogado posteriormente por ser improcedente.
Famílias desta nossa comunidade ainda estão espalhadas em outras aldeias aguardando que a FUNAI inicie o levantamento fundiário para proceder a indenização dos não-índios, o que vem demorando e causando tensão entre agricultores da região. Ressaltamos que é a mesma situação ocorre na Terra do Morro dos Cavalos, que foi demarcada em abril de 2008, e ainda espera pela continuidade do processo de retirada das famílias dos não-índios. As nossas terras Guarani, no norte do estado de Santa Catarina, tiveram o procedimento demarcatório iniciado, no entanto estão sofrendo pressão em função de obras de duplicação de rodovias, ferrovias e construção de portos planejados exatamente nas regiões que afetam as nossas áreas e, por isso, nossas comunidades pedem mais atenção dos órgãos responsáveis.

No estado do Paraná as nossas comunidades tiveram suas aldeias alagadas, com a instalação da hidrelétrica de Itaipu. Na ocasião muitas famílias tiveram que migrar para outras terras e retornaram depois, vivendo hoje à beira da represa, a espera de resoluções. Nos municípios de São Miguel do Iguaçu e de Santa Helena Velha as nossas comunidades ocupam pequenos acampamentos, sofrem com falta de espaço para o plantio, sem atendimento à saúde e sem fontes de alimentação aguardam pela FUNAI para que realize o reassentamento das nossas famílias. Da mesma forma, vivem as nossas comunidades de Guaíra e Terra Roxa, que esperam regularização das áreas que, a cada dia, perdem espaços territoriais em função da expansão das cidades.

Denunciamos também a situação das inúmeras famílias atingidas pela Duplicação da BR 101 em SC e RS, que sofrem com a morosidade na implementação do Programa de Apoio as Comunidades Indígenas Guarani – PACIG. Exemplo disso são as áreas de Varzinha, Riozinho e Campo Molhado, RS, que ainda não receberam nenhum apoio. Alertamos que isso não pode se repetir com a duplicação da BR 116, RS, que vem sendo planejada sem nenhum processo de discussão.

Pedimos apoio da sociedade civil e mais empenho dos órgãos responsáveis para a resolução de nossos problemas. Já não há mais tempo para esperas. Enfrentamos o medo todos os dias nas aldeias, pois quando denunciamos os não-índios, que invadem as terras, ou que as ocupam, nós sofremos perseguições e corremos o risco de sermos presos ou expulsos de nossas áreas, mas quando são os brancos que nos arrancam das terras, nos humilham ou nos discriminam, a lei não é cumprida, e sabemos que nada lhes acontece.

“Essa Terra tem dono!” Esse grito foi dado por Sepé Tiaraju em 7 de Fevereiro de 1756, e continua sendo ecoado por nós, o Povo Indígena Guarani e nossas organizações. E assim será, até que nossos direitos sejam respeitados, mantendo a esperança de que um dia, ao invés do grito, possamos voltar a entoar canções.
São Gabriel, 7 de Fevereiro de 2009.
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Diário de bordo do Caminhos de Sepé Tiaraju

Este já é o III Caminhos de Sepé Tiaraju, realiado de 1º a 7 de fevereiro/2009.
Dia 1° de fevereiro é o primeiro dia de “Caminhos”. O itinerário foi cumprido sem grandes anormalidades por conta do trecho curto. Por volta das 16:30 horas realizou-se a celebração de Envio, na qual se pronunciaram pessoas locais e integrantes do grupo que pegou a estrada.

Após o Envio o grupo se dirigiu à comunidade São Nicolau, município de Rio Pardo – com bom apoio da prefeitura. Há três anos foi oficializado o Santuário de São Nicolau, em que três povos ergueram três igrejas e sepultaram seus mortos no mesmo campo. A recepção na comunidade foi muito calorosa, oferecendo ao pessoal dos “Caminhos” uma galinhada de panelão de ferro feita em fogo de chão, a qual muitos dos nossos não conheciam tal sabor.

Depois da janta foi feita a apresentação dos colegas de trecho pelos próximos seis dias, discussão dos objetivos e dicas de segurança. Para encerrar a noite alguns colegas fizeram um passeio pelo cemitério.

No dia 2 de fevereiro o pessoal que tinha passeado no cemitério na noite anterior parecia meio inquieto, visto a necessidade de estarem em pé antes da 6 horas da manhã, ou seria excitação dos primeiros dias? Mesmo com a algazarra matinal precoce a partida sofreu um pequeno atraso devido a ausência de alguns ingredientes do café.

Após a seção de alongamento o grupo se dirigiu ao Rincão d’El Rei e depois à localidade denominada Linha Tapera no município de Vera-Cruz, onde foi feita parada, ainda em solo rio-pardense nas Figueironas. Reza a lenda que ali o índio Sepé teria tomado uma tropilha dos portugueses sendo assinado um documento em favor do tombamento das figueiras como patrimônio do município.

Merecidamente descansados pelos 35 km rodados na manhã se dirigiram ao Rincão dos Negros. No trecho um susto: um caminhão cruzou em alta velocidade uma estrada estreita pondo em risco a vida dos muitos pedalantes. No Rincão, uma novidade de menos perigo, mas nem por isso menos impactante: a comunidade dividida entre brancos e negros, tendo até igrejas separadas, os primeiros não quiseram receber os ciclistas. Os motivos eram os preconceitos aos índios.
Os viajantes acolheram-se no salão da comunidade dos negros. O banho ficou comprometido por conta de a bomba que retira água do poço estar em poder dos brancos e a água reservada em uma caixa de mil litros foi destinada para uso na cozinha. Mas gente criativa não falta sobre as bicicletas e na equipe de apoio, contando com isso lá se foi o povo para a beira de um riacho para tirar a terra e a indignação que pesava sobre cada um, um banho de sanga ímpar, pois nada como água corrente no dia de Nossa Senhora dos Navegantes e de Iemanjá para elevar corpos e espíritos. Algumas pessoas da comunidade branca foram atrás do ônibus para se certificarem de que não cometeríamos nenhum ato que ofendesse a paz mantida na região por meios escusos. PS.: O pessoal do apoio está cansado de subir e descer do caminhão e dos estouros de pneus do ônibus.

Dia 3 de fevereiro, 06h30min da manhã, os ciclistas acordam visualizando ainda a falta de água, ou as implicações por conta disso, tal como não poder lavar a cara. Pouco depois da alvorada uma notícia corre como rastilho de pólvora entre o grupo: foi mantida uma ronda durante a noite toda, provavelmente a fim de flagrar qualquer movimento suspeito por parte de um grupo tão estranho, composto de gentes estranhas, que vão tomar banho em riachos, que andam pra cima e pra baixo de bicicletas e que procuram conviver em harmonia com as pessoas de redor.

Logo que colocaram as bicicletas na estrada percebeu-se o rendimento do grupo, que graças a determinação de alguns ciclistas e alguns reboques subida acima, adiantou-se na hora, ganhando tempo a mais para descanso. A manhã correu sem grandes surpresas afora algumas baixas por problemas gástricos.

Depois do descanso do bom almoço - e o relato não deixa de elogiar a equipe de apoio e da cozinha - , foi realizada a primeira avaliação do primeiro trecho da viagem. Foram ressaltadas a falta de cuidado na estrada e a boa comida. O grupo se mantém unido e solidário.

Em seguida o grupo saiu em direção a uma tempestade que se armava para os lados de Cachoeira do Sul. A tempestade os esperava na metade do trecho até Cachoeira e durante uns vinte e cinco minutos judiou da caravana que, com dificuldades para enxergar e pedalar por conta da agia e da lama sofreu algumas baixas em seus veículos, indo, mesmo contra a vontade, para o carro de apoio.

Antes da chuva um incidente pôs em risco uma das ciclistas que teve que desviar de uma freada brusca de um carro. Não teve conseqüências maiores porque carro estar passando lentamente pelo grupo.

Mesmo sob forte chuva o grupo chegou adiantado a Cachoeira e foi recebido na comunidade Nossa Senhora da Penha. A recepção teve carreata e missa com o bispo da ecologia, dom Irineu. Os integrantes da caravana foram convidados para tomar banho nas casas de pessoas da comunidade, solucionando um problema de outros dias: a fila do chuveiro. Para coroar a recepção, o risoto estava delicioso.
Dia 4 de fevereiro - A saída da cidade de Cachoeira do Sul foi um tanto tumultuada: alongamento antes do café correria em direção ao ônibus e ao caminhão para guardar as coisas, os ruídos de correias sendo lubrificadas as pressas. O dia prometia, pois era considerado o pior trecho da viagem: 85 km de sol e areia.

O primeiro trecho até a balsa do rio Jacuí foi cumprido sem muitos problemas, o grupo está cada vez mais “indexado”. Depois da passagem pelo rio o terreno plano e compactado pela chuva possibilitou um bom desempenho dos ciclistas. Quando o terreno começou a ficar mais acidentado houve uma seleção das pessoas que permaneceriam na estrada, afim e poupar alguns e manter o ritmo de marcha. Houve parada na comunidade Divino Espírito Santo para pegar água e visitar amigos. Faltavam dez quilômetros para o ponto de almoço.

Desta forma o grupo condensado chegou á São Judas Tadeu, município de São Sepé, por volta das 11h45min sob um sol de “rachar melão”. Durante o tempo parado tentou-se solucionar a maioria dos problemas mecânicos ocasionados pela chuva do dia anterior e ainda trocar um dedo de prosa com as pessoas residentes na comunidade.

Na parte da tarde o grupo foi mantido o mesmo, sofrendo mais uma baixa em virtude da grande pressão que a quilometragem fazia sobre quem está pedalando, o que significou 30% do grupo de ciclistas parado.

O trânsito se mostrou tranqüilo embora com muita areia, dificultando o avanço das bicicletas. Mesmo assim o trecho até a comunidade Nossa Senhora das Dores, ainda no interior de São Sepé, foi cumprido rapidamente e sem transtornos. A comunidade acolheu os ciclistas calorosamente, dizendo que estes já fazem parte da comunidade. O lanche estava saboroso.

O grupo chegou a cidade de São Sepé próximo das 20horas. Após uma rápida passagem pelo centro da cidade o grupo se dirigiu para a comunidade no bairro Kurtz, onde recebeu a visita dos jornalistas locais e representantes da prefeitura. A luz acabou e o banho masculino foi improvisado no espaço entre o salão da comunidade e o muro, sob uma mangueira. O grupo decidiu conversar sobre como conviver em grupo.

Dia 5 de fevereiro - O dia em São Sepé começou de forma promissora. O trecho inicial apresentou um pouco de lentidão, até que o vento resolveu ajudar as pernas sobre as bicicletas. Chegam á Parada Neto com quase todo o grupo pedalando, sem nenhum incidente fora um encontro inesperado com um ferreiro em sua oficina e uma cobra coral falsa, na estrada.
O almoço no hangar da fazenda foi muito bem feito, como de costume. Na parte da tarde foi realizada a segunda avaliação que estava programada para tentar resolver problemas de estrada e atritos. Resolvidos alguns problemas mecânicos, rumaram a Cambaí, com um bom vento favorável. O caminho teria sido como o da manhã não fosse algumas rampas com pedras, um dos ciclistas se perderem do grupo e o grupo se perder por falta de guia.

A chegada ao Cambaí foi como de costume: saudada com foguetes. Foi considerada uma das comunidades mais acolhedoras do caminho junto com Cachoeira. Ali a família do capataz da fazenda tratou o grupo como integrantes da família deles. Em Cambaí realizou-se uma integração cheia de energia, bom descanso e técnicas estudadas para este fim.
Dia 6 de fevereiro - A saída do Cambaí foi atrasada propositalmente para as 8h30min porque se tratava de um trecho curto até a cidade de Santa Margarida mas era considerado os 15 km mais difíceis de toda a estrada: uma pirambeira tapada de cascalhos e com subidas persistentes.

Antes da ultima subida – uns 3 km cerro acima – antes da chegada, o grupo parou para tomar um banho no rio Cambaízinho, local que se tornou referencia para os ciclista há três anos. Em Santa Margarida, a recepção foi feita pelo chefe de gabinete do prefeito e pela diretora da escola onde paramos para fazer o almoço.
Foi decidido pegar a estrada ás 15 horas para combinar com o horário programado com a prefeitura de São Gabriel. Por ser um trecho de asfalto, altamente desgastante, com um sol escaldante, foram poupados alguns ciclistas.

Em São Gabriel a recepção aos ciclistas ficou a cargo da vice-prefeita e da secretária de turismo da cidade. Após a recepção oficial o grupo se dirigiu ao encontro das lideranças indígenas. Mais de 250 lideranças indígenas estavam reunidas já há dois dias, e acolheram o grupo efusivamente em uma celebração de espantosa beleza, onde cantou-se e dançou-se em uma grande roda.

Nesta noite não foi armado acampamento. A maioria das pessoas que não tinham barracas e não dormiram no ônibus optaram por dormir a céu aberto tendo o céu da noite como teto. Ao redor da fogueira foram organizadas as atividades do grupo na programação dos indígenas no dia seguinte. Antes de dormir o grupo ainda recebeu a visita de muitas pessoas para conversar perto do fogo, trocar experiências e felicitar pelo êxito dos “Caminhos”.
Dia 7 de fevereiro - O toque de alvorada foi dado mais cedo e os “sem acampamento” levantaram reclamando do frio da madrugada mas dispostos a percorrer os 27 km finais da jornada e chegar até Coxilha do Caiboaté antes da 9h30min. No caminho rumo á coxilha onde foram chacinados os guerreiro de Sepé, após seu assassinato pelos exércitos invasores, o grupo completou-se com pessoas que aderiram a bicicleada.

A chegada ocorreu no horário previsto e sem incidentes. A viagem pelos “Caminhos de Sepé Tiaraju”, depois de sete dias, foi coroada de forma emocionante, com a celebração dos indígenas e da caminhada pela cidade de São Gabriel até o monumento na Sanga da Bica onde Sepé tombou.

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